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Páscoa: ultimato de Deus

Já vestidos, calçados e segurando o bastão, comam depressa o animal. Esta é a Páscoa de Deus, o Senhor. Nessa noite eu passarei pela terra do Egito e matarei todos os primeiros filhos, tanto das pessoas como dos animais. E castigarei todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. Êxodo 12 

Os ritos de preparação das celebrações das primeiras Páscoas, tanto judaica quanto cristã, são tomados por um clima de apreensão. Eles são propícios para nos trazer à lembrança dois implacáveis juízos que Deus exerceu na história da humanidade. Um deles por Israel e o outro contra Israel. E é de suma importância que nos lembremos com frequência dos motivos que ocasionaram cada um deles. Importa também observar o rigoroso mandamento de Deus que dita a forma correta de celebração e uso de elementos apropriados, o que via de regra vai de encontro à expectativa dos celebrantes. 

Não estou me referindo aos autos pascais encenados, que embora belos e artisticamente trabalhados, mais servem para o exercício de uma piedade fora de contexto, do que propriamente para anunciar a mensagem que há por trás do juízo de Deus sobre a Terra. Ou seja, serve para que sintamos pena de Jesus, e não para o que reflitamos sobre o desafio do seu sacrifício à nossa forma de vida, principalmente no aspecto social, pois a Páscoa é uma celebração do povo. 

João Calvino descreve bem o tipo de juízo que Deus estaria trazendo sobre o nosso país: Quando Deus quer julgar uma nação ele a dá governantes ímpios. O que quer dizer que Deus realmente usa instrumentos iníquos para punir a iniquidade. Embora Calvino focasse a sua situação, não nos exime de pensar que, tanto o Brasil quanto às demais nações estariam sobre o juízo de Deus há muito tempo, o que não deixa de ser verdade, mas não toda a verdade. 

O juízo de Deus é exercido com frequência e pesa sobre a nossa consciência, o que nos faz sentirmos constantemente em pecado. Em virtude desse sentimento estamos sempre em busca do seu perdão. Esta, segundo declarou o próprio Jesus, é uma das suas atribuições principais: Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo. João 16:7-8 

Contudo, o juízo que se referem às celebrações distintas da Páscoa, não objetivavam atingir estritamente a consciência individual e sim a coletiva. Não tratam do pecado pessoal e sim do mal institucional. Não tratam das coisas que fazem mal haos nossos corações e sim das que têm oprimido, sob o tacão da injustiça, os pequeninos do Senhor. Trazer à lembrança aquela que foi uma fuga apressada e sem muita preparação. Lembrar-nos de um corpo que foi moído e de um sangue que foi derramado. Isso não pode significar outra coisa senão o alerta máximo para nos preparar para o fato de que Deus está prestes a fazer uma passagem novamente em nosso mundo. E não falo aqui de segunda vinda. Falo que iniquidades que, apesar de alarmantes e visivelmente presentes estão escapando da nossa visão profética e do conteúdo das nossas pregações. 

Perpetuamos infindamente as discussões sobre se estamos numa ditadura ou numa democracia; se é Getúlio Vargas ou Carlos Lacerda; se é Lula ou Bolsonaro, mas o âmago da questão continua intacto e prevalecente. Se Deus já fez juízo sobre o reino da Dinamarca eu não sei, mas eu canto com muito entusiasmo o hino que diz: Maravilhas grandiosas / outros povos têm / bênçãos venham semelhantes / sobre nós também.  

A Páscoa nos adverte que o juízo de Deus é uma moeda de duas faces. De um lado anuncia a libertação do oprimido, tal como foi a inconcebível saída do povo hebreu do Egito. E do outro afirma que as iniquidades, sejam ativas ou passivas, daqueles que possuem potencial para exerce-la, não ficarão impunes, tal como o flagelo dos primogênitos do Egito. 

Mais uma coisa a ser lembrada: o juízo não vem somente sobre as pessoas, mas também sobre animais, sobre as instituições e mais ainda sobre os falsos deuses da opressão. Não pensem que a igreja ficará incólume, como mera espectadora quando o juízo se concretizar. Disse Jesus: Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha. Mateus 12

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