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O poder de uma imagem


I Coríntios 15:31-33
 

Que ferramenta poderosa tem se mostrado esse tal de Facebook. Podemos afirmar com bastante certeza que é, em nosso tempo, a página mais lida diariamente em todo mundo. Nele são confiados as mais íntimas esperanças, como também os mais ocultos propósitos do usuário. Declarações de amor que nunca chegarão ao seu destino, assim como ameaças que nunca se cumprirão também podem ser ali encontradas. Deveríamos ter mais cuidado com o que postamos, pois as revelações ali contidas correm o mundo numa velocidade que por pouco não se equipara à velocidade da luz, e as suas imagens têm mais poder de convencer que excelentes e bem colocados argumentos, e às vezes até mais que alguns fatos. Pessoas acreditam no que está contido ali, tão somente porque foi aprovado pela maioria e repetido sucessivamente por muitos antes dele. E é neste último tópico que eu gostaríamos de basear a meditação de hoje. 

Tem circulado no Facebook vídeos de crianças de pouquíssima idade que assombram a todos pelas suas fantásticas habilidades. Embora não seja a primeira vez que nos deparamos com crianças assim, não é a primeira vez também que a nossa fé nos elementos básicos da doutrina cristã é confrontada por esses verdadeiros milagres da capacidade humana. No entender de muitas dessas pessoas isso vem justificar, sem qualquer possibilidade de contestação a doutrina da reencarnação. Normamente as pessoas que tentam fazer isso comigo se utilizam da mesma pergunta sempre: Você não crê na reencarnação? Então explique este fenômeno. 

Quero dizer de antemão que não estou aqui para explicar nada, muito menos dar pitaco nas doutrinas de outros credos, dos quais tenho parcos conhecimentos. Ou seja, se você crê na doutrina da reencarnação não vai encontrar em mim um inimigo perigoso. Tenho profundo respeito por você que assim pensa, e considero essa doutrina de uma preciosidade tão fundamentalmente elaborada, que os seus argumentos não se baseiam simplesmente nestes acontecimentos. Se fossem apenas sobre manifestações deste tipo que os pilares da doutrina da reencarnação se fundamentassem, ela já teria sucumbido há tempos, pois se o menino em questão demonstra habilidades herdadas dos grandes mestres que o precederam, de quem os grandes gênios que foram primordiais nas suas habilidades teriam herdado as suas? 

A humanidade tem revelado gênios que se mostraram impressionantemente únicos. Antes deles não houve, e, muito provavelmente, depois deles não haverá. São vidas tão singulares que não encontraram respaldo em absolutamente ninguém que viveu neste mundo, ou em alguém que pôde se dizer humano. O menino Mozart, por exemplo, aos oito anos não apenas tocava como os grandes mestres de então, mas foi nesta idade que simplesmente compôs a sua primeira sinfonia. Não somente isso, também nessa idade ele fazia desdobramentos musicais nos seus acordes, não sei se o termo é bem esse, que um virtuoso pianista precisaria de vinte ou trinta anos de aplicados estudos para conseguir. Não temos um nome para isso, pois isso é somente inexplicável, seja por esta ou por qualquer outra doutrina. 

Nada tenho contra quem manifesta a sua fé nas postagens do Facebook. Porém, o que realmente me espantou foi ter recebido esta mesma mensagem através do compartilhamento de irmãos da igreja, cuja fidelidade têm se comprovado ao longo da vida. Mais estarrecedor ainda foi tê-la recebido através do Facebook de um pastor de uma grande e conhecida igreja. Nós, os membros das igrejas cristãs, cremos na ressurreição, e isso é definitivo. Se Deus um dia me permitir, apresentarei alguns argumentos que identificam as diferenças entre essas duas doutrinas, e porque cremos unicamente na ressurreição. 

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. I Coríntios 15.14ss 

Eu seria omisso se não falasse que a história da igreja cristã registrou que houve um tempo em que alguns dos seus fiéis acreditavam piamente na reencarnação. Mas tenho que dizer também que essas pessoas não foram banidas da igreja por esse motivo, como muitos afirmam. Estava acontecendo algo muito mais sério e crucial para a existência idônea da igreja. O Império Romano exercia uma perseguição feroz e sanguinária contra todos os cristãos que se negavam a prestar culto ao imperador. Muitos foram exilados e outros foram mortos por observar a exigência de adorar apenas um único Deus. Foi nesse clima de apreensão e medo que uma onda de gnosticismo invadiu a igreja. Ela veio anunciando que a paixão e morte de Cristo não foram pra valer, porque ele não encarnou de fato, ele era algo como um semideus grego, e sendo ele quase Deus não teria sofrido as dores e aflições que um mortal sofreria se estivesse em seu lugar. Tudo não havia passado de uma trama bem orquestrada para dar um início impactante ao movimento que Cristo veio anunciar. 

Imaginem a perturbação que isso poderia causar a uma comunidade perseguida e sofrida. Se Cristo não sofreu, porque um seguidor seu teria que sofrer? Muito mais lógico e eficiente para a fé seria ter o seu seguidor vivo, mesmo que para isso ele precisasse enganar o imperador com uma falsa adoração aqui ou uma reverência simbólica ali. Assim todos poderiam viver uma vida dupla que seria o mais próximo possível do ideal cristão. Isso transformaria a fé cristã em uma seita bastante parecida com o Cristianismo, mas jamais poderia se dizer fiel a Cristo. 

Por essa razão Paulo confronta algumas pessoas da Igreja de Corinto que assim pensavam. Disse ele: E, se Cristo não (morreu e) ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé. Toda a pregação de Paulo que se fundamentava na cruz de Cristo seria vazia e sem propósito. Seria mais uma tendência religiosa entre as tantas outras que circulavam naquele tempo. Mas ainda não seria o pior.  Paulo diz que seria vã a sua pregação, e vã a vossa fé. Ou seja, a minha pregação até pode ser de algo bom e de útil, mas a importância da vossa fé é crucial. Se Cristo não ressuscitou vocês podem fazer o que bem entenderem e podem crer em qualquer coisa que não fará a menor diferença. Tem mais, se Cristo não ressuscitou vocês são os mais infelizes de todos os homens, porque estarão se sacrificando a toa, estarão perdendo as suas vidas por nada e sofrerão a violência Império Romano sem qualquer propósito. 

A ressurreição de Cristo na história da igreja é o grande divisor de águas. Se ela não existiu de fato, comamos e bebamos porque amanhã morreremos, e a morte porá fim a todas as nossas esperanças e expectativas. Se Cristo não ressuscitou nós ainda estamos perdidos em nossos pecados e não há qualquer esperança para nós. Aí fatalmente vocês terão que acreditar em vocês mesmos. Acreditarão que pelos seus próprios esforços conseguirão alcançar um estado de consciência que os conduzirá a um novo estado de coisas. Terão sua fé depositada em que uma progressão natural da existência humana é possível e inescapável. 

Isso não teria grandes problemas, isso é uma forma milenar de pensar e muita gente pensa assim, mas nós não seríamos igreja de Cristo. Isso porém, não nos faz melhores que ninguém e nem menos pecadores que os demais. Fará apenas que sejamos seguidores de um movimento que não se fundamenta na razão pura ou muito menos na fé cega. Fará com que tenhamos a esperança de cantarmos como o patriarca Jó: 

Onde estou? eu não sei / E nem sei onde estive / E nem onde estarei / Mas eu sei que ele vive!

E como sei que vive / O meu Senhor e Rei / Sei que com ele estive / E com ele estarei

Se há razão que motive a paz / Eis sua lei / O meu Redentor vive / Eu também viverei!

 

 

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